quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cecilia

Como contei num post há muito, muito tempo atrás, no Ano-Novo passado, achei uma belíssima de uma gatinha preta embaixo de um banco lá no Palaphita, quiosque da Lagoa onde passei a data comemorativa.

Queria achar uma companheira para Valentina. Daí que levei a tal gatinha pra casa, a despeito da discordância de M., que queria esticar a night n'alguma boate.

Meti a gata no saco (ou melhor, na minha bolsa) e pegamos um taxi.

No começo, as duas não se deram lá muito bem. Cheguei com Cecilia em casa e, ao contrário das minhas expectativas, Valentina ficou MUITO puta. Era "fssssssssst" pra cá (Valentina) e "fsssssst" pra lá (Cecilia). Mas, passados alguns dias, Valentina adotou Cecilia. Aí eu é que fiquei com ciúme. As duas não se largavam! Era um tal de Valentina lambendo a bunda de Cecilia e vice-versa...

Até que, poucas semanas depois, eis que a Cecilia sumiu. Procurei em todos os cantinhos de casa sem notícia da pretinha. Aos prantos, falei pro M. : "Só pode ter pulado da varanda! Deve ter morrido, tadinha!"

Perguntei pra todos os porteiros do prédio até que um deles me disse:

- " Gatinho preto? Vi sim, mas não sei pra onde ele foi. Tava aqui embaixo ontem".
- "Vivo? Andando?"
- "Vivíssimo! Andandíssimo!"

Fiquei mais aliviada. Afinal, Cecilia estava viva, apesar da queda. Mesmo assim, nunca mais reencontrei a felina. Até que, outro dia, estava eu na varanda do apê fazendo mais um dos meus lindíssimos mosaicos, quando avistei, na varanda do prédio em frente, uma velhinha fofa acariciando uma gatinha preta.

Sei que é viagem minha, mas gosto de crer que a gatinha preta da vizinha do prédio em frente é a minha Cecilia. E tenho certeza que está sendo muito bem-tratada!