sábado, 13 de dezembro de 2008

Dia de sorte

Hoje fui no casamento do Guilherme, um amigão da faculdade.

Para me preparar pro evento, marquei hora com a Scheila, cabeleireira e maquiadora de mão cheia. O casamento era às nove da noite. Achei que se começasse os preparativos às três da tarde iria ser tranquilo. Mas estica, puxa, pinta cabelo, faz mecha, seca, corta, trata, passa creme, seca de novo, passa chapinha, lava, seca outra vez, maquia, faz coque, e são nove e meia da noite. Chove.

Saio correndo, guarda-chuva emprestado da minha vó. Chego no carro, dou a partida. Sinto o carro pesado. Saio, olho. Pneu dianteiro esquerdo totalmente vazio. "Não é possível, calibrei esta p... hoje!". Ligo o alerta, peço ajuda a vááários transeuntes, ninguém para pra me ajudar. Desespero.

Um santo entregador de pizza passa, vê o meu pneu furado, se oferece para ajudar. Diz que só precisa fazer a entrega e já volta. E volta mesmo. Troca o pneu. Agradeço encarecidamente e dou os únicos vinte reais que tenho na bolsa pra ele: "É só o que eu tenho, se fossem cinquenta, juro que te dava", digo. Verdade. Ele merece. Desejo um feliz natal e ótimo 2009.

Corro pra casa, ponho o vestido rápido, retoco o batom. Passo as coisas importantes pra bolsinha de festa. Vôo pelo corredor, pego o elevador. Me lembro que e esqueci o convite. Já são dez e meia. Volto em casa. Pego o convite.

Pra variar, me perco. Ligo pras pessoas, ninguém atende. Peço informação para frentistas em dois postos de gasolina, para o motorista de um taxi e para o de uma van. Ninguém entende o bendito mapinha que vinha no convite. Nesta hora, milagrosamente, me liga o Eduardo, para quem eu tinha ligado antes. Me explica o caminho.

Chego no casamento às onze e meia, varada de fome. Óbvio que a cerimônia já tinha acabado. Mas aí tudo bem, encontro muitos amigos da Uerj que eu não via há tempos; maquiagem, cabelo e vestido fazem sucesso; me entupo de salgadinhos e chocolates... Festa animadíssima, noiva linda, Guilherme feliz.

Hora de ir embora. Claro que me perco um pouquinho de novo! Me encontro, chego em casa louca pra tirar o quilo de grampos que estava no meu cabelo, tomar um banho e remover a maquiagem. E... adivinha! Falta água em casa.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Imitar a Gretchen? Eu, hein?



Domingo passado fui à festa de 12 anos do sobrinho de um grande amigo. O convescote aconteceu em um lugar especializado nesse tipo de evento. Não tenho muitos amigos com filhos, então nunca tinha estado numa casa de festas infantis. Fiquei bastante impressionada. Tinha bolo, salgadinho, brigadeiro. Mas também tinha uma roda gigante com carrinhos em forma de nuvem, videogame, vários escorregas, um brinquedo parecido com o Bamba (acho que era esse o nome) que tinha no Tívoli Parque da Lagoa (pra quem é do Rio, acabei de entregar minha idade) e até uma mini-tirolesa! Muito legal, qualquer criança ficaria maluca com todos esses brinquedos.

Mas uma coisa me incomodou. Coisa com a qual já tinha tido um desagradável contato somente de longe, ouvindo as festas do play do meu condomínio: o famigerado animador de festas infantis. Uma coisa tenho que reconhecer: o cara tem que ter a energia de uma bomba de Hiroshima para exercer esta profissão.

A festa durava de 6 da tarde às 10 da noite e o “tio” Esqueci o Nome pulou, gritou (no microfone) e perturbou sem pausas durante todo o período. Não contente em ter apenas as crianças participando das atividades, convocava também os adultos a pagar micos inacreditáveis. Eu devia estar de muito mau humor, porque os tios e avós pareciam se divertir a valer. Mas eu, que não estava muito no clima, me senti meio mal ao ter que me esquivar dos pedidos insistentes de criancinhas que pulavam em cima de mim a cada vez que o “tio” gritava: “Agora cada criança pega um adulto e vem pro palco dançar (ou rolar no chão, ou passar embaixo da perna de alguém, ou imitar a Gretchen)”!!!

Não pude evitar a lembrança das minhas festinhas de aniversário. Lembro-me especialmente de três delas. Para uma, a mais superproduzida, uma amiga da minha avó aqui do Rio, que é confeiteira, foi à Brasília especialmente para fazer o bolo. A data caiu na Páscoa, então era um bolo lindo, cheio de coelhinhos, casinha, cerquinha branca, nunca vou me esquecer. Na outra, menos chique mas bem fofa, o tema era a Emília do Monteiro Lobato. Minha mãe fez um bolo no formato da cara da Emília. Aliás, não sei se foi ela mesma que fez, minha memória dessa época é meio fantasiosa. Mas tenho certeza de que foi ela quem confeccionou as sacolinhas de brinde, de pano com a boneca em feltro, lindas! Da terceira festinha só me lembro das máscaras da turma da Mônica.

Apesar da memória fraquinha, sei que eu e meus amigos nos divertimos horrores em todas elas. E sem a ajuda de nenhum “tio”. Nós inventávamos as brincadeiras. Aí, sei lá se com razão ou não, senti um pouco de pena dessas crianças de hoje em dia.

PS: Manhê, se você tiver alguma foto dessas festas, me manda?