sexta-feira, 17 de abril de 2009

Eu também quero viajar!


Meu deus! Tô pagando a prazo os meus impostos. Porque não tenho grana pra pagar à vista. Aí fico sabendo que a Adriane Galisteu está viajando de graça, junto com a mãe, pros isteites, com a minha grana! A Adriane Galisteu não tem dinheiro pra pagar pelas viagens dela?! O nosso dinheiro é o que ela gasta? O dos meus impostos?! E ainda tem justificativa? A namorada do deputado é família??? E a família do deputado pode viajar às nossas custas???!!! Desde quando??

Gente! Socorro!

Enquanto isso, a minha rua continua esburacada. Eu continuo enfrentando engarrafamento, pra onde quer que eu vá. Os guardinhas do trem enfiam a porrada nos coitados dos passageiros. A galera que depende da barca Rio - Niterói espera horas pra ir pra casa! Eu continuo sem emprego! Hein?

Sou eu que sou muito retardada? Ou as coisas estão fugindo do nosso controle? Pelamordedeus! Quando é que a gente vai se revoltar?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A guerra do fim do mundo


Acabei de ler " A guerra do fim do mundo", do Mario Vargas Llosa, autor que eu amo e de quem recomendo todos os livros, até os que eu ainda não li (porque tenho certeza de que são bons também). Mas esse me marcou especialmente porque trata de um capítulo da história brasileira que foi esquecida e submersa (literalmente).

No fim do século 19, depois de proclamada a república, um bando de miseráveis, liderados por Antonio Conselheiro, fundou, em uma fazenda invadida, um arroio chamado Canudos. Só pretendiam fugir da miséria do sertão e viver em uma comunidade alternativa (lá, o sexo era livre!) , onde pudessem cultuar seus santos e fugir das agruras da seca. Resistiram a três ataques maciços do exército brasileiro antes de sucumbirem. Eram cabras da peste mesmo! Acabaram aniquilados no fim das contas.

Mas o que me deixa besta mesmo (e que o livro nem conta) é que, já no fim do século 20, o governo brasileiro construiu uma represa para uma usina hidrelétrica adivinha onde? Isso mesmo: bem em cima de Canudos! Enterraram, ou melhor, inundaram uma parte da nossa história que a gente mal conhece.

Sorte que um peruano a desenterrou pra contar pra gente!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Dia de sorte

Hoje fui no casamento do Guilherme, um amigão da faculdade.

Para me preparar pro evento, marquei hora com a Scheila, cabeleireira e maquiadora de mão cheia. O casamento era às nove da noite. Achei que se começasse os preparativos às três da tarde iria ser tranquilo. Mas estica, puxa, pinta cabelo, faz mecha, seca, corta, trata, passa creme, seca de novo, passa chapinha, lava, seca outra vez, maquia, faz coque, e são nove e meia da noite. Chove.

Saio correndo, guarda-chuva emprestado da minha vó. Chego no carro, dou a partida. Sinto o carro pesado. Saio, olho. Pneu dianteiro esquerdo totalmente vazio. "Não é possível, calibrei esta p... hoje!". Ligo o alerta, peço ajuda a vááários transeuntes, ninguém para pra me ajudar. Desespero.

Um santo entregador de pizza passa, vê o meu pneu furado, se oferece para ajudar. Diz que só precisa fazer a entrega e já volta. E volta mesmo. Troca o pneu. Agradeço encarecidamente e dou os únicos vinte reais que tenho na bolsa pra ele: "É só o que eu tenho, se fossem cinquenta, juro que te dava", digo. Verdade. Ele merece. Desejo um feliz natal e ótimo 2009.

Corro pra casa, ponho o vestido rápido, retoco o batom. Passo as coisas importantes pra bolsinha de festa. Vôo pelo corredor, pego o elevador. Me lembro que e esqueci o convite. Já são dez e meia. Volto em casa. Pego o convite.

Pra variar, me perco. Ligo pras pessoas, ninguém atende. Peço informação para frentistas em dois postos de gasolina, para o motorista de um taxi e para o de uma van. Ninguém entende o bendito mapinha que vinha no convite. Nesta hora, milagrosamente, me liga o Eduardo, para quem eu tinha ligado antes. Me explica o caminho.

Chego no casamento às onze e meia, varada de fome. Óbvio que a cerimônia já tinha acabado. Mas aí tudo bem, encontro muitos amigos da Uerj que eu não via há tempos; maquiagem, cabelo e vestido fazem sucesso; me entupo de salgadinhos e chocolates... Festa animadíssima, noiva linda, Guilherme feliz.

Hora de ir embora. Claro que me perco um pouquinho de novo! Me encontro, chego em casa louca pra tirar o quilo de grampos que estava no meu cabelo, tomar um banho e remover a maquiagem. E... adivinha! Falta água em casa.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Imitar a Gretchen? Eu, hein?



Domingo passado fui à festa de 12 anos do sobrinho de um grande amigo. O convescote aconteceu em um lugar especializado nesse tipo de evento. Não tenho muitos amigos com filhos, então nunca tinha estado numa casa de festas infantis. Fiquei bastante impressionada. Tinha bolo, salgadinho, brigadeiro. Mas também tinha uma roda gigante com carrinhos em forma de nuvem, videogame, vários escorregas, um brinquedo parecido com o Bamba (acho que era esse o nome) que tinha no Tívoli Parque da Lagoa (pra quem é do Rio, acabei de entregar minha idade) e até uma mini-tirolesa! Muito legal, qualquer criança ficaria maluca com todos esses brinquedos.

Mas uma coisa me incomodou. Coisa com a qual já tinha tido um desagradável contato somente de longe, ouvindo as festas do play do meu condomínio: o famigerado animador de festas infantis. Uma coisa tenho que reconhecer: o cara tem que ter a energia de uma bomba de Hiroshima para exercer esta profissão.

A festa durava de 6 da tarde às 10 da noite e o “tio” Esqueci o Nome pulou, gritou (no microfone) e perturbou sem pausas durante todo o período. Não contente em ter apenas as crianças participando das atividades, convocava também os adultos a pagar micos inacreditáveis. Eu devia estar de muito mau humor, porque os tios e avós pareciam se divertir a valer. Mas eu, que não estava muito no clima, me senti meio mal ao ter que me esquivar dos pedidos insistentes de criancinhas que pulavam em cima de mim a cada vez que o “tio” gritava: “Agora cada criança pega um adulto e vem pro palco dançar (ou rolar no chão, ou passar embaixo da perna de alguém, ou imitar a Gretchen)”!!!

Não pude evitar a lembrança das minhas festinhas de aniversário. Lembro-me especialmente de três delas. Para uma, a mais superproduzida, uma amiga da minha avó aqui do Rio, que é confeiteira, foi à Brasília especialmente para fazer o bolo. A data caiu na Páscoa, então era um bolo lindo, cheio de coelhinhos, casinha, cerquinha branca, nunca vou me esquecer. Na outra, menos chique mas bem fofa, o tema era a Emília do Monteiro Lobato. Minha mãe fez um bolo no formato da cara da Emília. Aliás, não sei se foi ela mesma que fez, minha memória dessa época é meio fantasiosa. Mas tenho certeza de que foi ela quem confeccionou as sacolinhas de brinde, de pano com a boneca em feltro, lindas! Da terceira festinha só me lembro das máscaras da turma da Mônica.

Apesar da memória fraquinha, sei que eu e meus amigos nos divertimos horrores em todas elas. E sem a ajuda de nenhum “tio”. Nós inventávamos as brincadeiras. Aí, sei lá se com razão ou não, senti um pouco de pena dessas crianças de hoje em dia.

PS: Manhê, se você tiver alguma foto dessas festas, me manda?

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cecilia

Como contei num post há muito, muito tempo atrás, no Ano-Novo passado, achei uma belíssima de uma gatinha preta embaixo de um banco lá no Palaphita, quiosque da Lagoa onde passei a data comemorativa.

Queria achar uma companheira para Valentina. Daí que levei a tal gatinha pra casa, a despeito da discordância de M., que queria esticar a night n'alguma boate.

Meti a gata no saco (ou melhor, na minha bolsa) e pegamos um taxi.

No começo, as duas não se deram lá muito bem. Cheguei com Cecilia em casa e, ao contrário das minhas expectativas, Valentina ficou MUITO puta. Era "fssssssssst" pra cá (Valentina) e "fsssssst" pra lá (Cecilia). Mas, passados alguns dias, Valentina adotou Cecilia. Aí eu é que fiquei com ciúme. As duas não se largavam! Era um tal de Valentina lambendo a bunda de Cecilia e vice-versa...

Até que, poucas semanas depois, eis que a Cecilia sumiu. Procurei em todos os cantinhos de casa sem notícia da pretinha. Aos prantos, falei pro M. : "Só pode ter pulado da varanda! Deve ter morrido, tadinha!"

Perguntei pra todos os porteiros do prédio até que um deles me disse:

- " Gatinho preto? Vi sim, mas não sei pra onde ele foi. Tava aqui embaixo ontem".
- "Vivo? Andando?"
- "Vivíssimo! Andandíssimo!"

Fiquei mais aliviada. Afinal, Cecilia estava viva, apesar da queda. Mesmo assim, nunca mais reencontrei a felina. Até que, outro dia, estava eu na varanda do apê fazendo mais um dos meus lindíssimos mosaicos, quando avistei, na varanda do prédio em frente, uma velhinha fofa acariciando uma gatinha preta.

Sei que é viagem minha, mas gosto de crer que a gatinha preta da vizinha do prédio em frente é a minha Cecilia. E tenho certeza que está sendo muito bem-tratada!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Luluzinha do Boitatá


Amo o carnaval de rua do Rio. Desde que me mudei pra Cidade Maravilhosa, oito anos atrás, sempre passei o carnaval aqui. São centenas de blocos pra escolher. Tem pra todos os gostos: bloco pequeno, bloco gigante; pra criança, pra velhinho, pra gay; que sai em trio elétrico, que sai em bonde, que concentra mas não sai...

Tem gente que faz da festa uma verdadeira maratona. É que os blocos começam de manhã cedinho e varam a noite, os foliões atrás: de um bloco pra outro, pra outro e pra outro. Já vi gente que faz até tabela, tipo horário de colégio. Das 8 às 10 - Céu na Terra; das 10 ao meio-dia - Rio Maracatu; meio-dia às 2 - feijoada da escola de samba; das 2 às 4 - ensaio do Carmelitas... Assim segue, tentando, nos raros horários vagos, encontrar pelo caminho os blocos que não divulgam horário pra não inchar demais. A noite termina nos showzinhos que rolam na Lapa. Há que se ter resistência, meu amigo!

Só que esse ano eu resolvi deixar de ser mera espectadora saltitante dos blocos para virar uma verdadeira foliona. Daí que eu e Marcio partimos pro Saara, região do centro do Rio onde vende-se de tudo. E baratinho! Voltamos pra casa com uma sacola imensa cheia de chapéus, fru-frus, balangandãs, boás, confete e serpentina. E foi também a primeira vez que eu fui no Cordão do Boitatá, o bloco mais legal que há (mas que desfila às 8 da madrugada, horário incompatível com o meu).

Às sete da matina já estávamos os dois, um árabe e uma Luluzinha cheios de remela e olheiras, dentro do carro, bocejando sem parar, rumo à Praça XV. Abro um parêntese: a idéia de me fantasiar de Luluzinha apareceu meio por acaso. O Marcio estava atrás de um chapéu pra fantasia de malandro. Entramos numa chapelaria super tradicional, de mais de cem anos. E foi lá que eu dei de cara com a boina vermelha. Sempre me disseram que eu era a cara da Lulu. Era só achar um vestidinho vermelho e a fantasia estaria pronta, já que o cabelo já é cacheado, não exigiria nenhuma intervenção. Por incrível que pareça, o mais difícil mesmo foi achar o tal vestido vermelho. Estava quase desistindo (parece que nesse verão só fabricaram vestidos estampados, impressionante!), quando encontrei um perfeito.

Voltando ao bloco: não me arrependi do sacrifício de madrugar em pleno carnaval. Imagine um baile a fantasia no meio da rua. Imaginou? Então viu o Cordão do Boitatá! Peter Pans, Minnies, Brancas de Neve, toda a família Flintstone, o Cascão e a Mônica, um mar de chapéus e perucas coloridas, todo mundo pulando no cordão, apesar da chuva sem trégua que o espírito-de-porco do São Pedro fez cair no Rio o carnaval todinho (por culpa dele, não tenho registro fotográfico da minha fantasia perfeita de Luluzinha, com a boina vermelhinha linda de morrer!).

Depois do Boitatá seguimos a tradição de um bloco atrás do outro e só fui chegar em casa de madrugada. Tudo bem que depois eu peguei uma baita de uma gripe e fiquei em casa nos outros dias. Mas o sábado valeu!

Pensa que o carnaval acabou? Qual o quê! Esse sábado tem o Mulheres de Chico. E eu vou! De Joana Francesa. Me aguarde!





terça-feira, 25 de setembro de 2007

Coisas com as quais eu DETESTO gastar dinheiro

  • Despertador: Coisa mais escrota que o homem já inventou. Já falei do meu ódio a este estraga prazeres aqui.
  • Guarda-chuva: Tem coisa mais chata que chuva? Tem sim: guarda-chuva! Campeão nos balcões de achados e perdidos (por que será?).
  • Absorvente: Precisa comentar?
  • Produtos de limpeza: Já detesto ir ao supermercado, ainda mais com a lista da Graça (faxineira e furacão) na mão: água sanitária, Veja, detergente, desinfetante, sabão em pó... Argh!
  • Conserto de eletrodomésticos: E os meus estão todos contra mim. Isso porque eu não mencionei o som do carro... Ah! O disc man também pifou!
  • Manutenção do carro: Tá atrasada!
  • Remédio: Ninguém gosta de gastar com isso, né? E eu, ultimamente, tenho gasto mais do que nunca... É a idade? - perguntarão vocês. Que nada! Aguardem explicações sobre esse tópico.