quarta-feira, 6 de junho de 2007

O terminal


Não conheço ninguém que tenha ido, num curto espaço de tempo, tantas vezes ao aeroporto quanto eu. Pior, nenhuma delas pra viajar. Quem viaja muito, mas muito mesmo, é a minha família.

Há mais ou menos um mês, busquei meus pais, que vinham de Brasília. Uma semana depois, levei os dois e a minha avó, de partida para a serra gaúcha. Mais duas semanas e eles voltaram. E lá fui eu de novo pro Galeão. Seis dias depois, meus pais foram pra Brasília. Adivinha quem levou no aeroporto? Mas a melhor história mesmo foi da Vivi, aquela minha irmã que vocês já conhecem desde criancinha...

A Vivi ia passar o feriado de Corpus Christi em Vitória, na casa da sogra. Mas era mais barato vir pro Rio passar a noite e ir daqui pro Espírito Santo. Me ligou e disse que iam, ela e o marido, chegar ontem às 8:30 da noite num vôo da Gol. Como trabalho perto do aeroporto, decidi ir direto pra lá.

Cheguei às seis e pouco no aeroporto. Num lugar sem nada pra fazer exceto olhar aviões decolando ou vitrines de lojas, optei pela segunda alternativa. Perigo iminente! Pra começar, tomei dois cafés e comi um pão de queijo. Isso não levou nem vinte minutos. Ainda faltava uma longa hora e meia pra gastar. Nesse intervalo, consegui comprar cinco livros – daqueles de bolso, saíram todos pelo preço de um livro normal, mas já foi um rombo no orçamento –, a Piauí de junho, um xampu daqueles caros e o creme rinse do conjunto e uns óleos de massagem d’O Boticário, que a vendedora me convenceu a levar, dizendo que eram edição limitada para o dia dos namorados e que já estavam em falta em algumas lojas. Graçasadeus, a essa altura já tava perto da hora do avião da minha irmã chegar. Aí toca o meu celular. Era a Vivi. Dizendo que não vinha mais!

Meu cunhado tinha comprado as passagens pela internet. Recebeu o e-mail de confirmação mas, claro!, não leu. Aí a Vivi tirou, não sei de onde, um número de vôo da Gol – aquele que ela me deu o horário – e achou, não sei por quê, que era nesse vôo que eles vinham. Foram pro aeroporto de Brasília, onde passaram duas horas e meia na fila da Gol (ela até me ligou da fila, dizendo que o check-in tava um caos). Chegou a vez deles embarcarem a bagagem e... o nome deles não estava na lista. Foi aí que os dois descobriram que o vôo deles era, na verdade, o da TAM que tinha saído de Brasília às cinco e meia da tarde e que já tinha, inclusive, chegado no Rio. Juntei minhas sacolas e fui pra casa.

Quanto às notinhas das compras, vou mandar pra Vivi!

PS: Esses dois têm um extenso histórico de perda de aviões. Meu cunhado conseguiu, certa vez, perder TRÊS vôos numa curta estada dele na Alemanha. Ontem, quando ligaram pra contar à minha sobrinha de 8 anos, filha deles (que já está em Vitória), do acontecido, ela respondeu: “Ah, novidade! Isso me impressiona muito...”

7 comentários:

Catarina Chagas disse...

Quanta patetice cabe num casal só!

. fina flor . disse...

Nossa, que fofa, você.... Eu não me desaboleto até o Galeão para buscar alguém nem se for o papa, rs*.......... Prefiro ficar em casa, preparar uma recepção gostosinha, rs*.....

Táxi, já!!!

beijos, querida e bom feriado

MM

Núcleo de Estudos de Linguagem e Sociedade disse...

Dessa vez é sem comentários mesmo!!!! Dia 12 estamos aí, sem falta... kkkkk vê se vai buscar a gente no aeroporto!!!! Vôo da Tam, informação segura e confirmada, só falta saber o horário... por enquanto podemos garantir que será no período da tarde...
Mas, como diz a Rachael, há males que vem pra bem: decidimos que esse tipo de coisa não acontecerá mais!!!!!
E eu ia dizendo que era sem comentários... sem comentários!

Nana disse...

Catarina,
Você nem imagina!

Mônica,
Família morando longe é assim. Tem que fazer essas gentilezas. Fora que dá uma saudade...

Vivi,
Quem é Rachael? Não vai acontecer mais, né? Sei...

Anônimo disse...

Manda a conta mesmo para ela... irmã é tudo folgada... hahahah bjs

Cláudia disse...

Minha familia mora em Brasilia, eu morei lá por toda a minha adolescencia, e considero Brasilia a minha cidade!
Quando vou pra lá, me sinto indo pra casa.

beijo

Núcleo de Estudos de Linguagem e Sociedade disse...

A última: deixei o Bruno hoje no aeroporto de Bsb às 11h30 (pontual!) pra pegar um vôo de 12h30 pra Rondônia. Depois busquei a Yara na escola e fomos almoçar nos Guis. Lá chegando, fui pegar as malas de roupa suja no porta-malas (sim, a Marli me dá essa colher de chá) e qual foi minha surpresa quando dei de cara com a mala do Bruno!! Peguei o celular e liguei pra ele, pra ver se ainda dava tempo de levar a mala pra ele no aeroporto... pois bem, ele nem tinha dado a falta da mala e ainda por cima estava naquele mesmo instante dentro de um taxi a caminho da casa dos Guis, visto que havia (pasme!) perdido o avião!! 12h30 não era a hora de saída do vôo, e sim a hora prevista para chegada em Boa Vista!!! Você crê?