Rapha salva Valentina
Ontem levei a Valentina pra casa. Tão pequenininha e já tem tanta história pra contar...
Veio de Araruama até o Rio dentro do motor de um carro. Ninguém sabe como ela foi parar lá, mas imagino que, para ter entrado num lugar tão apertado, escuro e sujo, boa coisa não deve ter acontecido. Deu sorte que o dono do carro em questão mora no mesmo prédio do Rapha, um amigo meu que é apaixonado por gatos. E mais sorte ainda do Rapha ter passado perto do carro e ouvido os miados dela.
Mas o sufoco ainda não tinha terminado. O Rapha interfonou pro dono do carro, explicou a situação e pediu pra ele descer e abrir o capô. O cara falou que não ia descer! Agora, o que pensa uma pessoa que se nega a pegar um elevador até a garagem pra tirar um gato que está preso no motor do carro? Será que ele preferia dar de cara com um cadáver da próxima vez que fosse completar a água?
Aí o jeito foi o Rapha ficar de plantão na garagem esperando o gato sair (era uma gata, mas, a essa altura, ele ainda não sabia disso). E saiu: magrela, suja e com uma pereba no olho.
Ontem, quase um mês depois do episódio do carro, teve churrasco na casa do Rapha. Era aniversário do Felipe, filho mais velho do meu amigo. E quem ganhou o melhor presente fui eu. Voltei pra casa com a Valentina – que até ontem se chamava Tempestade (pois é, o Rapha tem muitas qualidades, mas entre elas não está o bom gosto na escolha de nomes para gatos) –, já curada do probleminha no olho, uma caminha acolchoada, um punhado de ração, um pratinho e uma caixa de areia. Kit completo.
Essa foi a história do Rapha e da Valentina. A minha história com ela está só começando. E, do jeito que eu sou, tenho certeza que daqui a pouco minha casa vira um albergue pra gatos.
2 comentários:
Adorei o nome!
Lindo, né, Saritinha? Eu tava entre Valentina e Sofia, mas ela tem muita cara de Valentina. Assim que eu aprender como mandar fotos do meu celular, posto uma foto dela aqui pra vocês verem que fófis.
Postar um comentário